domingo, 13 de janeiro de 2008


A Natureza da Literatura

Referencia Bibliográfica

WELLEK-René, WARREM-Austin.A Natureza da Literatura. Teoria da Literatura. 5. ed. São Paulo, Pioneira, 1999. Cap. 2

Apresentação dos autores da obra.

René Wellek nasceu em 22 de agosto de 1903 e faleceu no dia 10 de novembro de 1995, era de descendência Checo – americano e foi um dos principais críticos literário da época.
Wellek foi nascido e criado em Viena, falando Checa e alemão. Ele estudou literatura na Universidade Charles de Praga, e foi bastante ativo entre os lingüistas da Escola de Praga.
Durante a II Guerra Mundial, Wellek foi deslocalizado para a América, em primeiro lugar para a Universidade de Iowa e, em seguida, a Universidade Yale. Nos Estados Unidos, ele se tornou um amigo e defensor dos Novos Críticos. Com o crítico Austin Warren, que foi um americano que também participou do Circulo Lingüístico de Praga, Wellek escreveu o marco volume Teoria da Literatura, uma das primeiras obras que sistematizada teoria literária, em vez de se aproximar de uma crítica mais ad-hoc fashion. Começando na década de 1960, defendeu o Wellek Nova Críticos contra a condenação do seu trabalho em nome de uma teoria literária estruturalista-influenciado. Por esse motivo, ele é muitas vezes pensado de hoje como um conservador literário erudito. Wellek final do trabalho foi um longo, múltiplo-volume história da crítica literária.

Perpesctiva Teórica da Obra

O capítulo dois do livro Teoria da Literatura esta dividido em dezoito parágrafos, em cada parágrafo os autores traduzem as suas experiências e fundamentações sobre a natureza e função da literatura, de acordo com a tendência da época, e influenciados pelo Circulo Lingüístico de Praga. Eles utilizam uma abordagem que se complementam constantemente durante todo o capítulo.

Breve Síntese da Obra

No primeiro parágrafo os autores introduzem o tema que pretendem abordar em todo o capitulo.
No segundo parágrafo em diante os autores começam a dar diversas definições para o termo “literatura” definido-a como: tudo o que se encontra escrito em letra de forma, imprensa ou cursiva; pela forma ou valor estético dos grandes livros produzidos por celebres autores; a literatura como arte, ficcional ou imaginativa, a linguagem tanto oral quanto escrita como objeto dessa arte.
Já no nono parágrafo em diante os autores fazem uma distinção entre a linguagem literária, diária e cientifica, procuram estabelecer paralelos e contrastes entre elas.
No décimo quarto parágrafo os autores afirmam que o cerne da arte literária encontra-se obviamente nos gêneros literários tradicionais: lírico, épico e dramático.
No décimo quinto parágrafo os autores refutam a tese de que a literatura se baseia na ficcionalidade, invencionismo ou imaginação, segundo eles a concepção de literatura como arte independe do valor que o texto tenha.
No ultimo parágrafo os autores concluem afirmando que uma obra literária não é um simples objeto, mas antes uma organização altamente complexa, de caráter estratificado, com múltiplos significados relações.

Resenha

Neste capítulo os autores buscam encontrar uma definição para o termo “literatura”, porém, de forma às vezes contraditória eles acabam a não encontrar uma definição correta para esse termo.
Eles definem a literatura como tudo o que se encontra escrito em letra impressa ou não. Porém essa tese é meio surrealista e os próprios autores a refutam: “A identificação da literatura com a história da civilização é uma negação do terreno especifico e dos métodos específicos do estudo da literatura”.
A segunda definição, a mais improvável inclusive, é a idéia de que o termo “literatura” é limitado aos grandes livros, seja qual for o tema do livro, de acordo com essa tese, o critério para se definir a literatura é o valor estético encontrado neles ou a sua reputação, essa definição também foi puramente refutada pelos autores onde eles dizem: “Dentro da historia da literatura imaginativa, a limitação aos grandes livros tornaria incompreensível à continuidade da tradição literária, o desenvolvimento de novos gêneros e a própria natureza dos processos literários, além de obscurecer o ambiente formado pelas circunstâncias condicionantes, como as sociais, as lingüísticas, as ideologias e outras”.
A definição mais provável para o termo “literatura” e a de identificar a “literatura” como uma “arte” literária ou Belas Letras, a qual incluem tanto a linguagem escrita como a oral.
No final do capitulo os autores concluem dizendo: “uma obra de arte literária não é um simples objeto, mas antes uma organização altamente complexa, de caráter estratificado, com múltiplos significados e relações”.
De acordo com os estudos de teoria literária observamos que esses autores seguem uma linha de estudo bastante arcaica, a qual não valoriza a literatura oral, ou seja, a literatura popular, dando mais ênfase as Belas Letras, o que era comum na época em que eles realizaram essas pesquisas. Somente na década de oitenta em diante é que a literatura oral começou a ser estudada e valorizada como objeto de estudo.

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